Apelo ecumênico
O papa conclama a mobilização dos cristãos, pedindo que o direito à vida, do começo ao fim, seja "defendido e promovido de maneira especial pelos que crêem em Cristo", pois "os ataques ( ...) no mundo todo estão se estendendo e se multiplicando, assumindo formas diferentes (...) e as pressões para a legalização do aborto na América Latina e nos países em vias de desenvolvimento são cada vez mais fortes".
Bento 16 falou também sobre "a liberalização do aborto químico sob o pretexto da saúde reprodutiva", assim como apelou para a "consciência cristã" diante das "leis para legalizar a eutanásia e dos incentivos à legalização das convivências alternativas ao casamento, fechadas à procriação natural". E, por fim, dirigiu um pedido a "profissionais, juristas e médicos" para que se empenhem em "elaborar um competente julgamento" desses assuntos, e que, se for o caso, expressem "uma valente objeção de consciência". Para quem não sabe, aborto químico é a expressão utilizada pelos grupos antiaborto, criados ou incentivados por integrantes da Igreja Católica, para referir-se à pílula do dia seguinte.
Sexualidade, aborto, pílula do dia seguinte, aborto legal, união civil entre pessoas do mesmo sexo, procriação natural (o que será que o papa quer dizer com isso?) estão sendo postas na ordem do dia pela Igreja aqui no Brasil, em apelo ecumênico, como parte da preparação da visita do papa.
Manter o tema da visita do papa na pauta da grande mídia e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o discurso de condenação ao aborto em qualquer circunstância (voluntário ou permitido em lei), exaltar a maternidade e apontar o lugar das mulheres na família, na Igreja e na sociedade.
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Comentário: Mais uma vez a Igreja Católica mostrando seus valores, e reafirmando o papel da mulher: Mãe, esposa dedicada.