Os primeiros anticoncepcionais genéricos poderão chegar às prateleiras das farmácias brasileiras ainda neste ano. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou ontem, por meio de ato publicado no Diário Oficial da União, dois laboratórios (Organon e Eurofarma) a produzirem as primeiras versões genéricas de quatro contraceptivos orais, que terão preços 35% menores do que o valor máximo cobrado pelas pílulas de marca. O mais barato, com 21 comprimidos, deverá custar menos de R$ 15,00.
No total, haverá a fabricação de anticoncepcionais em dez apresentações, em diferentes dosagens e quantidades de comprimidos. As quatro marcas que ganharão versões genéricas estão entre as 20 mais consumidas pelas mulheres brasileiras. A decisão de autorizar a produção e comercialização de anticoncepcionais orais foi anunciada pela Anvisa em março, depois de um processo de negociação que durou três anos. Até então, o genérico de contraceptivo oral não era permitido no país porque a metodologia utilizada para a dosagem não estava bem estabelecida. A regulamentação entrou em vigor em junho. A publicação no Diário Oficial, com a definição dos laboratórios responsáveis, oficializa a medida.
O medicamento genérico é uma cópia fiel do produto de marca, com o mesmo princípio ativo e fórmula. A medida integra as ações do governo para ampliar o uso de anticoncepcional, como a inclusão do produto entre os itens disponíveis nas farmácias populares.
Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) distribui 25 mil cartelas de anticoncepcional oral por mês em farmácias distritais e postos. 'Com o custo barateado, por meio do genérico, conseguiremos ampliar o número de mulheres atendidas', ressaltou o coordenador da Assessoria de Assistência Farmacêutica da SMS, Juliano da Rocha.
Fonte: Correio do povo
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