quinta-feira, março 29, 2007

As mulheres na política e a reforma política

As mulheres na política e a reforma política
Para o feminismo, debater e lutar por participação é propor o lugar de sujeito político para todas as mulheres. É negar o lugar da família e da casa como única possibilidade de inserção na sociedade.
Tem sido incansável a crítica feminista aos limites da democracia política brasileira e à cultura política hegemônica que ainda produz interdições, obstáculos e mesmo bloqueios à participação das mulheres na política, um monopólio dos homens até pouco tempo. No Brasil, e em que pese as muitas lutas e manifestações de apoio, as mulheres alcançaram o direito ao voto com um século de atraso em relação aos homens. E mesmo agora, no século XXI, depois de mais de uma década da lei de cotas nas eleições, mantém-se praticamente inalterada a participação das mulheres no parlamento.
Texto na integra:

sexta-feira, março 23, 2007

Vida social de bebê anencéfala é impossível !

Os médicos afirmam que não dá para prever o tempo de sobrevida da menina anencéfala Marcela de Jesus Galante Ferreira, de quatro meses, mas são unânimes em dizer que a possibilidade de ela vir a ter uma vida relacional ou independente está totalmente descartada."O sistema ventricular é completamente disforme, ela tem uma massa encefálica totalmente irregular e anatomicamente malformada", diz o ginecologista e obstetra Thomaz Rafael Gollop, da USP.Para o ginecologista Jorge Andalaft, o tempo de sobrevida de Marcela é explicado pelo fato de ela ter um pouco mais de tecido encefálico que o normalmente visto em anencéfalos, que costumam morrer horas após nascer. Ele diz que os casos de sobrevida mais longa são exceções.
Para a advogada Débora Diniz e a médica Fátima Oliveira, o caso suscita outro tipo de debate: até quando o Estado deve usar recursos médicos e tecnológicos para manter viva uma pessoa sem chances de vida social."Todos os recursos que estão sendo utilizados para manter este tronco cerebral funcionando são uma imoralidade diante da falta de UTIs neonatal", diz Fátima.

Novamente Igreja Católica contra o aborto..

Bebê anencéfala será ícone em ato contra o aborto
A bebê anencéfala Marcela de Jesus Galante Ferreira, que completou quatro meses anteontem, virou motivo de preocupação do movimento pela descriminalização do aborto e, ao mesmo tempo, ícone dos grupos em defesa da vida.A sua sobrevida, incomum aos anencéfalos, será usada como exemplo antiaborto em um ato público, que acontece sábado, a partir das 10h30, na praça da Sé, centro de São Paulo. Entre os nomes confirmados estão os do padre Marcelo Rossi, do ex-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, e do advogado Ives Gandra Martins.O ato, organizado por grupos católicos, espíritas e evangélicos, pretende reunir 15 mil pessoas e quer chamar a atenção do Congresso Nacional, onde tramita um projeto de lei que descriminalizao aborto."Queremos que os deputados que compõem a nova comissão de seguridade social e família pensem duas vezes como vão votar esse projeto e prestem atenção no retrato da vontade popular", diz a advogada Nadir Pazin, coordenadora adjunta do Comitê Estadual em Defesa da Vida, um dos organizadores do evento.Para Pazin, o caso de Marcela é emblemático para o movimento antiaborto porque ele contrariou todas as expectativas médicas de que ela morreria logo após nascer. "Caiu por terra a tese dos grupos feministas e de quem defende a legalização do aborto. Ela mostrou que não é como a ciência quer, mas sim como Deus quer."

quarta-feira, março 21, 2007

A Igreja Católica pautando a mídia

Apelo ecumênico
O papa conclama a mobilização dos cristãos, pedindo que o direito à vida, do começo ao fim, seja "defendido e promovido de maneira especial pelos que crêem em Cristo", pois "os ataques ( ...) no mundo todo estão se estendendo e se multiplicando, assumindo formas diferentes (...) e as pressões para a legalização do aborto na América Latina e nos países em vias de desenvolvimento são cada vez mais fortes".
Bento 16 falou também sobre "a liberalização do aborto químico sob o pretexto da saúde reprodutiva", assim como apelou para a "consciência cristã" diante das "leis para legalizar a eutanásia e dos incentivos à legalização das convivências alternativas ao casamento, fechadas à procriação natural". E, por fim, dirigiu um pedido a "profissionais, juristas e médicos" para que se empenhem em "elaborar um competente julgamento" desses assuntos, e que, se for o caso, expressem "uma valente objeção de consciência". Para quem não sabe, aborto químico é a expressão utilizada pelos grupos antiaborto, criados ou incentivados por integrantes da Igreja Católica, para referir-se à pílula do dia seguinte.
Sexualidade, aborto, pílula do dia seguinte, aborto legal, união civil entre pessoas do mesmo sexo, procriação natural (o que será que o papa quer dizer com isso?) estão sendo postas na ordem do dia pela Igreja aqui no Brasil, em apelo ecumênico, como parte da preparação da visita do papa.
Manter o tema da visita do papa na pauta da grande mídia e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o discurso de condenação ao aborto em qualquer circunstância (voluntário ou permitido em lei), exaltar a maternidade e apontar o lugar das mulheres na família, na Igreja e na sociedade.

Ler a matéria na integra: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=425JDB003

Comentário: Mais uma vez a Igreja Católica mostrando seus valores, e reafirmando o papel da mulher: Mãe, esposa dedicada.

segunda-feira, março 19, 2007

Leão mostra machismo

Treinador corintiano afirma que mulher no apito só pode mesmo dar confusão

O técnico Emerson Leão, do Corinthians, não segurou a bronca após a auxiliar Aline Lambert anotar impedimento de forma equivocada em lance que o atacante Daniel Grando sofreu pênalti na partida deste domingo, contra o Noroeste, no Pacaembu, pelo Paulistão 2007.
Uma imagem de TV capta o treinador disparando a seguinte frase: "Tá vendo, coloca mulher para apitar...".
Vídeo: Confira as imagens da bronca de Leão
- Eu não ouvi isso. O Leão me disse que estava mesmo impedido e não faltou com respeito - afirma Aline Lambert, que não admite a falha no lance. Leão também negou que tenha feito algum comentário machista. Na semana passada, outra auxiliar, Ana Paula de Oliveira, foi muito criticada pala falha entre Santos e São Paulo. Mas Aline Lambert acredita que as mulheres do apito já venceram grande parte do preconceito que ainda existia no meio do futebol.- Agora tem bem menos. Antes nós eramos em 12 na Federação Paulista e hoje somos quarenta - afirma a auxiliar.

Fonte: GLOBOESPORTE.COM

sábado, março 17, 2007

Direito de resposta

Mulheres acionarão Justiça contra estereótipos veiculados pela mídia
Movimento feminista moverá Ação Civil Pública contra discriminação, sub-representação e veiculação de uma imagem estereotipada da mulher nos meios de comunicação. Protestos do 8 de Março foram, mais uma vez, ignorados pela grande imprensa.

Matéria na íntegra:http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13691

quinta-feira, março 15, 2007

Foto de Jesus com corpo de mulher causa polêmica

Uma foto de Jesus Cristo nu com partes de um corpo de mulher está causando polêmica na Espanha. A obra do fotógrafo Jose Antonio Montoya faz parte de um dos livros do artista que trazem fotos de modelos nus retratando figuras religiosas em posições sexuais.
Uma das fotos de Montoya, por exemplo, mostra o anjo Gabriel segurando seu pênis na mão e se movendo em direção à Maria, que está sentada, nua, num sofá. Os livros foram publicados há oito e cinco anos, mas a polêmica explodiu agora durante a campanha para as eleições locais e regionais.
O conservador Partido Popular citou o trabalho de Montoya para debater assuntos morais e para criticar o governo do Partido Socialista da região de Extremadura, no sudoeste do país, que financiou parte das obras. Para o Partido Popular, o fato de dinheiro público ter sido usado para financiar o trabalho representa uma ofensa aos espanhóis, cuja grande maioria é profundamente católica.
Já o Partido Socialista se defende afirmando que trabalhos artísticos não podem ser limitados por critérios políticos e sociais. O fotógrafo Jose Antonio Montoya disse que não teve a intenção de ofender os católicos e sim de criticar o que chamou de hipocrisia dentro da igreja, citando a discriminação contra a mulher no sacerdócio e contra padres gays.

quinta-feira, março 08, 2007

Mulheres unidas no 8 de março!!



Ocorreu hoje à tarde, a caminhada das mulheres do dia 8 de março, com presença das mulheres da Via Campesina, MST, MTD, Conselho das Mulheres e diversas entidades, entre elas o Hoc Tempore( a ong que milito). A caminhada saiu da frente da Prefeitura Municipal e foi até o Altar da Patria na avenida Bento Gonçalves, com o lema " Terra para produzir comida, não ao deserto verde", as mulheres reeinvidicaram Reforma Agrária, e protestaram contra a monocultura de eucalipto. Um dia para despertar a reflexão e a consciência de homens e mulheres.

sábado, março 03, 2007

8 de março, atividades em Porto Alegre

8 de março de 2007
Realizaremos o I Acampamento de Mulheres, nos dias 07, 08 e 09 de março de 2007, no Parque da Harmonia, Porto Alegre.Este espaço funcionará como um mini fórum, tanto para o acampamento das mulheres, como para uma tenda para as atividades principais e as oficinas e debates.
PROGRAMAÇÃO
Dia 07 de março :a partir das 9 horas já será possível serem armadas as barracas – será feito cadastramento de todas as pessoas acampadas, expositoras e feirantes, a partir da chegada,poderão acontecer reuniões internas dos movimentos; estarão abertas inscrições para 3 oficinas, das 15h às 18h. A organização proporá uma oficina de criação e alegorias para a caminhada. Programação Cultural18 hs - Apresentação de DançaSociedade Árabe-Palestina – 19 hs Recital de PoesiaAnália Sanches
Dia 08 de marçoDas 9h as 11h – Concentração para Marcha no Largo Glênio Perez Esquetes Teatrais das Promotoras Legais e JMC´s – THEMIS e ato político em protesto a vinda do Bush ao Brasil. A saída para a caminhada acontecerá às 11h.
A chegada da caminhada está prevista para as 12:30 com um Ato político de abertura das atividades para o mês do 8 de março, e o almoço será confirmado na reunião do dia 06 de março – na Fecosul, onde serão tratados dos últimos preparativos.A Via Campesina avaliará a possibilidade de se somar ao ato e a caminhada, pois concentradas na região metropolitana e farão o lançamento da “Campanha Nacional pela Produção de Alimentos Saudáveis em Defesa da Vida e da Natureza”, as 15h na reitoria da UFRGS.
Das 15h às 17:30h – Painel “As mulheres nos Espaços de Poder”
Irene Gagliase – do Dieese Rúbia Abs – da ThemisDirce Gross da Secretária Especial Políticas para as Mulheres Às 17:30h - Apresentação do Ilê Mulher18 h às 22h – Shows Mulheres cantam Elis Hip Hop – Lica e Banda MPB e Percussão – Aninha PSB e Banda Hip Hop – Anastácias Das 18h às 20h poderão acontecer até 4 oficinas.
Dia 09 de marçoPoderão acontecer até 3 oficinas na parte da manhã, das 08:30 às 10:00horas
10:30 h ASSEMBLÉIA DAS MULHERES com a Leitura da Carta/Manifesto do I Acampamento de Mulheres do Rio Grande do Sul
12h - Grupo de dança de Adolescentes do Maria Mulher –
12:30h - Encerramento com Mística – Dança Circular Sagrada

No 8 de março, preparação para agosto

Em meio aos preparativos para as comemorações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as organizações feministas também se reúnem para discutir as diretrizes da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, a ser realizada entre os dias 18 e 21 de agosto deste ano. A expectativa é grande, pois além de ser realizada no primeiro ano da nova gestão do governo Lula, ocorre paralelamente às discussões do Plano Plurianual (PPA), em que o governo orienta o planejamento e a gestão dos recursos para os próximos quatro anos. Algumas plenárias municipais já se iniciaram e vão até o fim de abril. As conferências estaduais, convocadas pelos governos estaduais, vão de 15 de maio a 15 de julho. O evento nacional será organizado pela Secretaria de Políticas para as mulheres (SPM) e terá três temas principais: a análise da realidade brasileira e os desafios para a construção da igualdade de gênero; a avaliação das ações e políticas propostas no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) e a participação das mulheres nos espaços de poder.
Neste ano, são esperadas 2.800 delegadas, um aumento de 41% em relação à Conferência anterior. “Os movimentos sociais têm criado uma expectativa muito grande em relação à Conferência porque, a partir do plano que foi elaborado depois da I Conferência, as delegadas já virão mais preparadas para esta. Já sabem as ações que os governos municipais e estaduais implementaram e deixaram de implementar. E onde o governo federal falhou ou não”, afirma a secretária, que acredita ser a Conferência a prova cada vez maior da interação entre o poder público e os movimentos sociais.
De acordo com Beth Ferreira, da coordenação nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), há nove conferências nacionais - convocadas pelo governo federal em diversas áreas - neste ano, e a idéia é atuar em todas elas. “Achamos que é importante uma atuação mais intensa dentro da Conferência de Políticas para as Mulheres e uma atuação nas outras também, já que tudo tem a ver com a vida das mulheres”, afirma. Segundo ela, o movimento já tem bastantes propostas de políticas públicas, portanto, esta Conferência deve ser menos voltada para a elaboração de propostas e mais para o debate.
Além disso, o longo processo de discussões que vai dos municípios até o âmbito nacional, passando pelos estados e regiões brasileiras, permite que novas histórias sejam contadas. “A idéia é poder pautar questões que muitas vezes não são pautadas. Como é a questão do desenvolvimento em cada região, as diferenças entre elas e como isso impacta na vida das mulheres, por exemplo”, diz Beth.
Apesar da avaliação do Plano Nacional estar entre as prioridades do encontro, assim como a participação das mulheres no poder, as bandeiras tradicionais do movimento feminista também terão espaço na Conferência. “A questão da igualdade racial, por exemplo, é um debate constante. Há uma tendência do movimento feminista de que isso não seja apenas uma bandeira do movimento negro de mulheres”, afirma Beth. Guacira Cesar de Oliveira, diretora do Cfemea e também integrante da coordenação executiva nacional da AMB, lembra a questão do aborto. “Esse é um dos grandes temas que vão estar presentes desde as instâncias locais até a Conferência em Brasília”, acredita.