O tráfico de mulheres gera receitas anuais de 25 mil milhões de euros em todo o mundo, sendo que 85% daquele montante deriva da exploração sexual, que só na América Latina e nas Caraíbas fez 100 mil vítimas em 2006. Os dados constam de um relatório da Organização Internacional de Migrações (OIM), onde se denuncia que uma mulher pode ser «vendida» a uma rede de exploração sexual por 100 dólares (cerca de 77 euros). O estudo da OIM, que se concentrou na Argentina, no Chile e no Uruguai, revela que as vítimas são geralmente mulheres de classe social baixa, que vivem num ambiente de marginalidade e num meio familiar instável, além de terem um precário nível educacional. Dispondo de baixas possibilidades de trabalho, aquelas mulheres estão predispostas a migrar e cair em esquemas diversos. Além dos agentes directos, o tráfico também conta com a intervenção dos secundários, como motoristas de táxis, funcionários públicos, polícias, juízes e políticos que colaboram implicitamente ou que, com a sua indiferença, tornam possível este tipo de prática. A relevância de algumas das figuras envolvidas no processo dificulta a declaração das vítimas e a interposição de denúncias, e actualmente não existe um sistema de protecção para estas na Argentina, no Chile ou no Uruguai, porque esta prática não é considerada crime.
domingo, fevereiro 04, 2007
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