O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem ser favorável a que o aborto deixe de ser crime se realizado até a 12ª semana de gestação. - Até ali, em torno da 12ª semana, não há (no feto) consciência, sofrimento, dor. Vários especialistas dizem isso, e é essa a posição que eu defendo. Aborto é questão de saúde pública. A legislação precisa ser mudada - afirmou o ministro, durante entrevista a jornalistas promovida pela Folha de S.Paulo. Atualmente, a interrupção da gravidez só é permitida por lei se ela for resultado de estupro ou se a mãe correr risco de morte. Excetuando-se esses casos, o aborto é crime no Brasil. Temporão citou uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde que mostrou que, em 2005, para cada três bebês nascidos vivos no Brasil houve um aborto induzido. Naquele ano, segundo o estudo, houve 1,04 milhão de abortos clandestinos no país. - Existem questões éticas, filosóficas e religiosas envolvidas. Mas o governo tem de se preocupar com o concreto e fazer alguma coisa em relação à dor e ao sofrimento dessas mulheres - afirmou. O ministro também anunciou que o governo facilitará a compra da pílula do dia seguinte nas farmácias conveniadas ao governo federal.
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